Há mais de 20 anos, criei um
trabalho em que procurava ajudar as pessoas a vencer os seus bloqueios e
inibições para que elas pudessem cantar com confiança e prazer. A este trabalho
sem pretensões, cuja maior motivação era transmitir aos outros a alegria que eu
mesma sinto em cantar, dei o nome de Cantoterapia.
Desde então, passaram pelas
minhas mãos alguns milhares de alunos. Mas até hoje, quando alguém vem me
procurar na minha Oficina da Música, é freqüente a questão: afinal, o que é a
Cantoterapia? Um curso de técnicas de canto, ou uma atividade terapêutica de
grupo? E eu respondo: na verdade, ela é uma mistura dos dois.
O canto é uma forma primária e
intuitiva de expressão humana. Mas nem todos se permitem cantar com liberdade e
prazer, sem censura de qualquer espécie. É aí que atua a Cantoterapia, ajudando
as pessoas a entrar em contato com as suas emoções, a acreditar em si mesmas, a
ganhar autoconfiança, para que possam aprender a cantar bem.
Por outro lado, cantar bem e sem
inibições permite às pessoas exprimir de público os seus sentimentos. Esse é o
segundo segredo da Cantoterapia. Se um aluno melhora a sua autoestima e
autovalorização até o ponto de se expor
cantando com segurança e alegria, ele se sentirá também mais preparado para ser
feliz em outras áreas da vida. O palco da Cantoterapia é uma metáfora para o
palco da vida.
A Cantoterapia é um canal que
leva à valorização da vida, que proporciona uma visão otimista das nossas
possibilidades enquanto seres humanos, e ensina a crer em nossa capacidade de
superar as dificuldades e encontrar a felicidade.
Não existe felicidade sem o
autoconhecimento, a busca por ideais e a doação de si. Só assim se pode atingir
a verdadeira paz de espírito e conseqüentemente ser feliz.
É preciso fazer um treinamento
constante para ser feliz. E a Cantoterapia é uma das práticas que ajudam nesse
sentido. Então cante muito, melhore a sua qualidade de vida!
Sonia Joppert
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