A música, o humor e o toque
(contato físico) são ferramentas que nos conduzem a um estado de equilíbrio
emocional, paz interior e a melhora da imunidade.
A Música:
“A vida é som”. Se ficarmos
atentos podemos perceber que estamos cercados por sons, ruídos e melodias que
vêm da natureza com suas variadas formas de vida. É a natureza que nos traz a
música. O que fazemos com ela depende de cada um de nós, conforme temperamento,
a educação, o povo e a época.
A música é linguagem, comunicação
e arte. De todos os tipos de linguagem é a única que une características de
diferentes dimensões e significados. Ela é ao mesmo tempo compreensível,
apaixonante, envolvente e até intraduzível.
A música é algo espiritual. Dependendo do tipo de música, ela pode nos
conectar com a nossa alma, com as nossas emoções, e nossos sentidos. A música
tem o poder de nos conduzir a estados alterados de consciência, ela nos
transporta a situações marcantes de nossas vidas e ainda inebria e seduz.
O Humor:
Hoje a medicina em geral e a
psiquiatria em particular, estudam a importância do humor, dos bons sentimentos
e do otimismo na qualidade de vida e saúde global do individuo, sobretudo na
prevenção de doenças graves entre as quais as cardiovasculares e o câncer.
Felizmente, hoje já não existem
dúvidas sobre a relação estreita entre o estresse, seja ele físico ou
emocional, e as doenças. Um estudo recente, mostrou efeitos animadores de
programas que estimulam o riso e o bom humor na defesa do sistema imunológico.
Cada vez mais a terapia do riso
tem sido objeto de estudos por se tratar da expressão mais explícita do bom
humor e do otimismo.
O Toque:
O tato é o primeiro sentido que
se desenvolve e permanece ativo durante toda a nossa vida. O primeiro estímulo
sensorial da vida humana vem da sensação de toque quando ainda estamos no
útero. A primeira ligação emocional de uma criança é construída a partir do
contato físico com os pais - base de seu futuro desenvolvimento emocional e
intelectual.
"A pele é o que nos dá a
noção de interior e exterior nas nossas vidas". A permissão ao toque, vai
depender da segurança que o indivíduo tiver sobre si mesmo, e das condições que
o meio externo dá a ele, para que ele se sinta seguro."diz o psiquiatra Geraldo
Massaro.
Por exemplo: o abraço é uma
resposta natural a sentimentos de afeição, compaixão, carência e alegria.
Abraçar é também um instinto visceral, um método simples de oferecer apoio,
cura e crescimento, com resultados excelentes.
Vivemos uma época de relações
humanas superficiais, influenciadas tanto pela internet como pela TV, nos
levando a um enclausuramento solitário e a exclusão social. O toque está
ganhando uma conotação negativa trazendo à tona antigos tabus* Cada vez mais
ouvimos falar de processos de assédio sexual ganhando espaço na mídia. A vida
moderna caminha para um "não tocar", assim não se “corre riscos” de
mal-entendidos. A consequência imediata a tudo isso, é que um dos mais importantes
sentidos do corpo humano, o tato, passa a ser um dos mais negligenciados.
Sonia Joppert
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